PALCO OCA PALCO OCA PALCO OCA PALCO OCA PALCO OCA PALCO OCA

O Palco Oca evoca a potência das periferias através de artistas que revolucionam seu entorno, evocando seus ancestrais, confrontando seus medos cheios de coragem cantando suas histórias, crenças e visão de mundo. Artistas que acreditam na economia criativa e no forte poder do coletivo.

28 Abril

Saskia

NO AR

Saskia é uma artista multipotente. No áudio e no visual, dialoga com as várias camadas da arte. No áudio: instrumentista, beatmaker, performer, cantora, compositora. No visual: diretora, roteirista, câmera, atriz, fotógrafa, desenhista. Suas composições intercalam géneros e intensidades. Nessa versatilidade poderosa, apresenta beats acurados que embalam com exatidão letras sensíveis, ácidas, objetivas. Impossível defini-la em um único género musical. Abusa de samples, instrumentos e pedais, para cantar sobre assuntos íntimos e públicos. Suas performances no palco, convidam a plateia a experienciar um tipo de transe. Envolve dança, movimentos e batidas intensas enquanto a reflete introspecção e poesia de sentimentos mais profundos. “Pq” é seu primeiro álbum de estúdio, lançado em 2019 pela QTVLabel, com suporte da plataforma de incentivo Natura Musical. Já trabalhou em lançamentos com os selos Hérnia de Discos e NoN Worldwide. Recentemente, incluiu no repertório a faixa “Desce”: feat com o produtor Sul-Africano Griffith Vigo. Na sequência, “Essa Daqui”, em parceria com RHR. Ambas pela label mexicana Onda Mundial.
Em 2020, Saskia mergulha no audiovisual de fato e entrega para o público a Rádio TV Salada, canal de conteúdos autorais, edições e readaptações. Na TV Salada, também estreia seu primeiro curta: “Outra Coisa.print” é uma obra documental. Mistura poesia, fotografia, música em registros de realidades atuais. Sua obra mais recente é o curta “Agora Já”, que compõe o acervo do projeto IMS convida, do Instituto Moreira Salles (SP). Também colaborou na QTV (RJ) com a Matrix Pirata.
Saskia é integrante do coletivo de criadores negr_s, Turmalina (RS), faz curadoria na label de ghettotech ZonaExp e Projeto Anexo. Desenvolve pesquisa com a Ciranda do Gatilho, junto com Bernardo Oliveira e Negro Leo. Em Agosto, transmitiu um set/peça visual para a coletividade Batekoo (BA), participou do projeto Fazedores de Beat, do SESC Interlagos e do festival Clubbers da Esquina do coletivo Masterplano (BH).

29 Abril

Bia Doxum

NO AR

ÀTÚNWA é o segundo álbum da cantora e compositora Bia Doxum. Que agora em seu mais novo trabalho revela à que veio sua nova identidade artística, trazendo uma roupagem musical mais fluída onde, verso e som, se fundem axé e hip hop, possibilitando uma experiência de encontro do mais jovem com o ancestral. ÀTÚNWA é o conceito yorubá para aquilo que o Ocidente entende como reencarnação, significando “aquele ou aquela que volta novamente”.
Depois de um hiato de 4 anos, o retorno de Doxum se dá em um novo disco de 13 faixas, que simbolizam o renascimento da alma através da abordagem de temas como ancestralidade, axé, amor preto e a força da mulher negra no cenário urbano contemporâneo, afim de combater o racismo, o machismo e a intolerância religiosa. ÁTÚNWA conta com produções musicais de Badsista, DJ Dia, Vibox, Heron Francelino, Kleber Milo, Gibin, Vinni OG Beats e DJ Higa, além da direção vocal de Dcazz e mix e master de base MC - refugiando estúdio. O único festa do álbum é uma colaboração internacional, assinado por lilbirdleii, cantora e compositora haitiana, que participa da faixa Woman of power. A arte da capa é assinada pela artista Ione Maria. A realização do álbum é assinada pela Obìnrín Produções Artísticas, uma produtora independente idealizada pela cantora Bia Doxum e sua irmã e produtora Renata de Oliveira, que por sua vez, assina toda a produção executiva.

01 Maio

Nebulosa Selo

NO AR

Ana Be é cantora e compositora. Multiartista, fruto do seu tempo, e nele vê o caminho para contar as histórias que atravessa e vê, foi assim que nasceu o Podcast Nia, em 2016, seu primeiro trabalho audiovisual onde ela narra a história da música preta no Brasil e seus desdobramentos, enquanto parte importante da Diáspora negra e foi à partir dele que inicia sua caminhada musical, no álbum Pela Honra (2019), do Ôbigo, com produção de Levi Keniata. O encontro com Levi levou a outros trabalhos pelo Selo Nebulosa, e atualmente estão finalizando seu primeiro ep: Diáspora 22.

Artelheiro é um cantor e compositor que reside no bairro Jardim Apurá na zona sul de São Paulo há 20 anos. Pela sua quebrada ele passeia pelos fundamentos do hip hop, encontra o funk e, atualmente, desenvolve sua linguagem artística por meio deste gênero musical. É membro e co-fundador do coletivo de artistas independentes Cores nos Destroços e artista da Nebulosa Selo.

Cantora, compositora e comunicadora, Nayra Lays cresceu no Grajaú, onde também passou a ter mais contato com as artes. Desde os 18 anos, canta e rima sobre as múltiplas possibilidades do ser jovem, negra e periférica, potencializando construções de cenários mais enegrecidos, para além da sobrevivência. Seu primeiro EP, “ORÍ”, produzido de forma totalmente independente, já conta com mais de 20 mil visualizações no Youtube, tendo uma das músicas como trilha sonora do documentário “Negritudes Brasileiras”. Nayra faz parte de uma nova geração de mulheres artistas que estão emergindo de seu lugar de origem, rumo ao mundo. Do extremo sul de São Paulo, para dentro de peitos pulsantes e ouvidos atentos, ela caminha e entra com o seu cantar.

Natural de São Paulo, Levi Keniata é produtor musical, arranjador e compositor. Keniata teve contato com a música desde muito cedo, porém, a relação com o Samba e o Candomblé foi determinante para a construção da identidade artística, cultural e musical do produtor, transformando sua cosmovisão de mundo e suas referências. Hoje, aos 27 anos, o jovem é a mente criativa da gravadora Nebulosa Selo. O selo artístico-musical “Nebulosa” foi inicialmente concebido em 2018, com o objetivo de difundir os trabalhos idealizados pela mente de Keniata. As nebulosas são conhecidas no universo por constantemente explodirem para se reconstruir, também chamadas de "berço de estrelas", esse fenômeno de transformação e reinvenção orgânica serviu de inspiração para dar nome ao selo.
Em uma busca constante pela inovação das operações e estéticas que envolvem a musicalidade brasileira, Levi Keniata realiza trabalhos em conjunto com artistas independentes em ascensão, que se identificam com o propósito de dar continuidade à música preta brasileira, através do Samba, do Balanço do Funk e do Samba-Rock.

É do funk da baixada ao samba de Jorge Ben, no berço da efervescência cultural e musical da zona sul de São Paulo que nasce Marabu, aquele que compartilha histórias. Nascido e criado no Jd. Ânglea, o Mc passou a materializar seu primeiro trabalho em 2018, através das faixas "Negócios" e "Boa Sorte" - ambas com produção musical de Levi Keniata.
O Mc de 24 anos tem uma identidade musical rica em melodias e marcada por operações artísticas comuns aos terreiros e bailes de rua, essas características ganham maior destaque em seu disco de estreia. Lançado pela Nebulosa Selo, é através do álbum FUNDAMENTO (2020) - dialogando e flertando com o samba - que o Mc revela um universo de possibilidades para o funk. É na cadência dos sambas ao mandelão, passando pelos pontos dos terreiros que também desembocaram nos tambores digitais ouvidos nos bailes, nas minúcias da sua musicalidade, que o Mc nos apresenta seu desejo de dar continuidade à arte e ao legado deixados pelos bambas e malandros mais chaves e originais que já pisaram nessas vielas e avenidas.

Erickson nasceu no Itaim Paulista, Zona Leste, grande São Paulo. Na infância recebeu o apelido de "Bigo", com o passar dos anos, na busca de sua ancestralidade, descobriu ser filho de Ogum, Oxum e Oxaguiã, os três O's não poderiam ser por acaso. Desse encontro, nasce @obi.go. Após um longo caminho de muito estudo e trabalho, em 2016 Obigo lançou a faixa "A Mais de 100". Com mais de 15 mil visualizações orgânicas.
Já em 2019, lançou de forma independente o disco "Pela Honra", produzido por Levi Keniata. O trabalho traz à tona suas contradições, através da ancestralidade, diáspora e diálogo do homem negro para o homem negro, marcando uma fase de amadurecimento do Mc consigo e com o mundo, Para materializar a obra, Obigo adotou as cores azul e dourado em sua identidade visual, a fim de representar a riqueza e a herança de seus Orixás de cabeça.